ISRAEL APROVA PLANO PARA OCUPAR A CIDADE DE GAZA
O Gabinete de Segurança e Assuntos Políticos de Israel aprovou, nesta sexta-feira (8), o plano do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu para ocupar a Cidade de Gaza. Segundo comunicado oficial, a operação militar incluirá também o fornecimento de ajuda humanitária à população palestina.
De acordo com o governo, a proposta foi aceita porque “a maioria absoluta dos ministros acreditava que o plano alternativo não garantiria a derrota do Hamas nem o retorno dos reféns”.
O gabinete definiu cinco condições para encerrar a guerra:
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Desarmamento do Hamas;
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Retorno de todos os reféns, vivos ou mortos;
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Desmilitarização da Faixa de Gaza;
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Controle de segurança israelense sobre o território;
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Formação de um governo civil que não seja vinculado nem ao Hamas nem à Autoridade Palestina.
Na véspera, Netanyahu afirmou que pretende ocupar toda a Faixa de Gaza após o conflito, mas negou a intenção de anexar o território, defendendo a criação de um “perímetro de segurança”.
“Não queremos ficar com Gaza, queremos um perímetro de segurança”, disse o premiê em Tel Aviv.
Reações internacionais
A decisão provocou críticas da comunidade internacional. O chefe de Direitos Humanos da ONU, Volker Turk, alertou que a medida “causará mais mortes e sofrimento” e deve ser “imediatamente interrompida”. Já o Hamas classificou a ocupação da Cidade de Gaza como “crime de guerra”.
Desde o início da guerra, em 7 de outubro de 2023 — após um ataque do Hamas que matou mais de 1,2 mil israelenses e fez 250 reféns —, mais de 61 mil palestinos morreram no conflito.