PRESIDENTE DO SENADO DIZ QUE CONGRESSO NÃO TOLERA INTERFERÊNCIAS EM PODERES DA REPÚBLICA
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), afirmou nesta quarta-feira (31) que o Congresso Nacional não admite qualquer tipo de interferência sobre os Poderes da República. A declaração foi feita em nota oficial, em meio à crescente tensão política, diplomática e comercial entre Brasil e Estados Unidos.
Sem mencionar diretamente o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), alvo recente de sanções anunciadas pelo governo de Donald Trump, Alcolumbre reforçou o apoio ao Judiciário e defendeu a soberania nacional.
“Reafirmo a confiança no fortalecimento das nossas instituições, entre elas o Poder Judiciário, elemento essencial para a preservação da soberania nacional, que é inegociável. O Congresso Nacional não admite interferências na atuação dos nossos Poderes”, declarou.
A manifestação ocorre em um momento em que o presidente do Senado é pressionado por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro para pautar um pedido de impeachment contra Moraes.
Alcolumbre destacou ainda que o Parlamento permanece vigilante na proteção das instituições democráticas e na defesa dos interesses do País. “O Congresso segue atento e unido na defesa dos interesses nacionais, sempre vigilante na proteção das nossas instituições e da soberania do País.”
Segundo ele, o Senado tem buscado preservar o diálogo institucional e encontrar soluções equilibradas diante da crise: “O caminho da cooperação internacional deve prevalecer, com o objetivo de restabelecer a confiança mútua e manter a histórica parceria entre as duas nações.”
Ao final do comunicado, o senador afirmou que o Congresso acompanha de perto os desdobramentos do impasse diplomático, em articulação com os demais Poderes, “para assegurar a proteção da nossa economia e a defesa intransigente das instituições democráticas”.
Câmara também se posiciona
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), também se pronunciou contra as sanções impostas por países estrangeiros a autoridades brasileiras.
“Como país soberano, não podemos apoiar nenhum tipo de sanção por parte de nações estrangeiras dirigida a membros de qualquer Poder constituído da República. Isso vale para todos os parlamentares, membros do Executivo e ministros dos Tribunais Superiores”, afirmou Motta.