TRUMP AFIRMA QUE NOVO CESSAR-FOGO ENTRE ISRAEL E HAMAS PODE SER ANUNCIADO NA PRÓXIMA SEMANA
Por Administrador
Publicado em 27/06/2025 20:58
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TRUMP AFIRMA QUE NOVO CESSAR-FOGO ENTRE ISRAEL E HAMAS PODE SER ANUNCIADO NA PRÓXIMA SEMANA

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (27) que um novo cessar-fogo entre Israel e o grupo Hamas pode ser alcançado já na próxima semana. “Acreditamos que, até mesmo na semana que vem, conseguiremos um cessar-fogo”, disse ele a repórteres.

Trump declarou estar em contato com mediadores diretamente envolvidos nas negociações, mas não forneceu detalhes adicionais. A declaração foi feita durante um evento diplomático com representantes da República Democrática do Congo e de Ruanda — países que assinaram um acordo de paz com mediação norte-americana nesta sexta.

O conflito em Gaza teve início em 7 de outubro de 2023, quando militantes do Hamas invadiram Israel, resultando na morte de cerca de 1.200 pessoas e no sequestro de 251 civis. Em resposta, Israel lançou uma ofensiva militar que, segundo autoridades de saúde de Gaza, já deixou cerca de 56.077 palestinos mortos, a maioria civis. A região está devastada, com grande parte da população deslocada e enfrentando grave crise de desnutrição.

Entre janeiro e março de 2025, foi estabelecida uma trégua de 40 dias. Durante esse período, o Hamas libertou alguns reféns, enquanto Israel liberou prisioneiros palestinos. No entanto, os combates foram retomados logo após o término da trégua.

Investigação sobre crimes de guerra

O jornal Haaretz divulgou que a advocacia-geral militar de Israel ordenou uma investigação sobre possíveis crimes de guerra, após denúncias de que soldados israelenses atiraram deliberadamente contra civis em áreas de distribuição de ajuda humanitária. De acordo com relatos, centenas de palestinos foram mortos no último mês nesses locais.

Soldados, sob anonimato, relataram ao jornal que receberam ordens para atirar contra multidões e empregar força letal mesmo diante de pessoas que não representavam ameaça. Um porta-voz militar israelense afirmou que o Exército está revisando protocolos para reduzir confrontos com civis e confirmou que novas orientações já foram emitidas às tropas após os relatos.

A unidade das Forças Armadas responsável por apurar possíveis violações do direito internacional está agora encarregada de examinar as ações dos militares nos arredores dos centros de ajuda.

Segundo autoridades de saúde de Gaza, desde o final de maio, mais de 500 pessoas morreram nas imediações de centros de ajuda operados pela Fundação Humanitária de Gaza (GHF), apoiada pelos EUA, ou próximos às rotas de caminhões de alimentos da ONU.

 

A ofensiva israelense, que já dura quase dois anos, deixou grande parte do enclave em ruínas e provocou uma crise humanitária sem precedentes, com escassez severa de alimentos e outros itens básicos.

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